Para você,
Então é isso que você queria? Um outro texto, você sente falta deles? E me pegunta o porquê de não mais textos eu fazer... Não é assim que se anda, querida. Não ache que esse será igual aos outros, talvez eu esteja enferrujado, talvez eu esteja sem inspiração, um texto sem inspiração, não seria um texto. Apenas um punhado de palavras organizadas.
Então é isso que eu estou fazendo, enrolando e procurando por inspiração. Mas não fique a pensar que não tenho nada a falar, tenho tanto aqui, mas tanto, que não sei por onde começar. É uma característica minha e dos meus muitos textos, não saber de onde sair nem para onde vai chegar, mas acaba indo, de uma forma ou de outra.
Então é isso que eu talvez faça, um texto, uma crônica, um conto, um pequeno romance, ou um punhado de rimas. Mas como eu vou saber como escrever? Será que você saberia me dizer? Será que eu falaria sobre mim, no meu mais lirismo egoísta? Ou sobre você, numa mais profunda escrita romântica? Ou eu inventaria algum personagem? Ou apenas jogaria o papel fora e cairia na cama sem conseguir dormir?
Então é isso que eu farei, mais um pouco de palavras, sobre mim, sobre você e sobre o que mais passar pelas ideias agora. Mas não sobre mim quero falar, nem acho que deveria falar sobre você, tampouco sobre as ideias que martelam forte enquanto eu tento dormir em vão.
E já chega de 'então é isso', não era isso que eu queria falar, mas a preguiça me impede de amassar e pegar outra folha, ficando assim essa. Ou seria exatamente o que eu queria escrever? Ou será apenas mais um personagem de tantos outros que 'vivem', alguns forçosamente, tentando aparecer? E assim se chega ao fim, uma noite de meia-lua, um rock clássico triste, e uma certa saudade.
Mas eu queria escrever mais, não hoje, nem amanhã, e talvez nem no próximo mês, mas definitivamente daqui a nove anos. Quem sabe amanhã eu começo a escrever um livro. Podemos dizer que isso se tornou uma carta afinal.
Lucas Sales Viana
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