quarta-feira, janeiro 19, 2011

Talvez haja títulos verdadeiros para todas as cartas inventadas, só não os acho.

Eu de novo,


Eu não consigo fazer isso, eu preciso conversar com você e eu estou fazendo isso agora. Eu fui um imbecil em acreditar que eu poderia esquecer uma parte de mim num toque de mágica. Eu preciso de você, isso é fato, mas diferente do que você possa imaginar, minha necessidade é momentânea, esse momento agora (eu acho). É complicado de explicar minhas merdas em uma carta, mas eu vou tentar...

Eu havia lhe dito em cartas passadas que estou me reconstruindo. Para isso eu preciso de ajuda, e você, eu no passado, é a unica coisa que pode me ajudar agora. A batalha está próxima e eu não posso lutar sozinho, alguém precisa me dar cobertura, e você é a melhor, a única, nessa porra toda, em que eu confio, por que você sou eu no passado, ou eu sou você...

Então, fique por perto, me ajude e eu te deixarei descansar depois de tudo.

Isso é tudo.

Lucas Sales Viana
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Me again,

I can’t do that, I have to talk to you and I’m doing this now. I was fool, believing I could forget a part of me as if by magic. I need you, that’s the fact, but, differently that you can think, my need is just for a moment, this moment (I think). It's complicated to explain my shits in a letter, but I'll try...

I’ve told you in the past letters that I’m recreating me. To do that, I need some kind of help, and you, me in the past, is the only that can help me now. The battle is close and I can’t fight alone, someone have to watch my back, and you’re the best one, the only one, in this shit, in I can trust, ‘cause you was I or I am you.

So, stay close, help me in this and I’ll let you rest after all.

That’s all.


Lucas Sales Viana

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Não existem títulos para cartas inventadas.

Desculpe-me.

É tudo que eu posso dizer por enquanto. Ver-me aqui, sozinho, e você aí, tão distante... porra, isso me deprime.

Como está você? Eu sempre esqueço de lhe fazer essa pegunta tão simples. Eu realmente quero saber se você está se sentindo bem, ou não. O que incomoda você? Porque às vezes você não está comigo, seu corpo sim, mas não sua alma, às vezes me parece que você está viajando aí dentro.

Você não tem ideia do quanto isso é difícil, o quão minha mente é difícil. Essa merda está me matando, e eu estou revidando, resistindo. Eu não posso dizer tudo agora, espero que você possa entender isso. Algum dia você irá saber, um dia, não hoje... Você já tem os seus problemas. Não quero te pressionar com as minhas merdas, vou cuidar de tudo isso sozinho.

Eu de novo, eu venho matando algumas 'verdades' que acreditava, por minha conta, como dogmas. Destruição e reconstrução, ao mesmo tempo. Eu gastei muito tempo com nada. E, porra, leva tempo, e como leva.

Você é especial para mim, da melhor forma que você possa imaginar.

Espero que você me entenda


Lucas Sales Viana
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I’m Sorry.

That’s all I can say now. See me here, alone, and you there, so far… fuck, this shit depress me.

How are you? I always forget to make that simple question. I really want to know if you are felling good or don’t. What bothers you? Because sometimes you are not with me, your body, yes, but not your soul, sometimes looks like you are travelling outside you.

You have no idea how hard this is, how hard my mind is. This shit is killing me, and I am fighting back. I cannot tell you all now, I wish you could understand that. One day you will know, one day, not now… You already have your problems. I do not want to push you with my shits, I will deal with all by myself.

Me again, I’m killing some “truths” that I put, by myself, as dogmas. Destruction and reconstruction, same time, I spent all my time in nothing. And, shit, takes time, a lot of.

You’re special for me, in the best way you can think.

I hope you could understand me.


Lucas Sales Viana

sábado, janeiro 01, 2011

"Novel in thought, Weak in action."

 Carta de Hank Moody à Becca Moody.



To my dear beautiful daughter,
I’m writing you a letter. That’s right a good old fashioned letter. It’s a lost art, really? Like handjobs. Shit.
I have a confession to make, I didn’t like you very much at first. You were just this annoying little blob. You smelled nice, most of the time, but you didn’t seem to have very interest in me, which I of course found vaguely insulting. It was just you and your mom against the world. Funny how some things never changes. So I cruised the long doing my thing, acting the fool, not really understanding how being a parent changes you. And I don’t remember the exact moment that everything changed. I just know that it did.
One minute I was impenetrable. Nothing could touch me. The next my heart was somehow beating outside my chest, exposed to the elements. Loving you has been the most profound, intense painful experience of my life. In fact it’s been almost too much to vow. As your father, I made a silent vote to protect you from the world. Never realizing that I was the one who end up hurting you the most.
When I flash forward my heart breaks, mostly because I can’t imagine you speaking of me with any sort of pride, how could you? Your father is a child in a man’s body, he cares for nothing and everything at the same time. Novel in thought, Weak in action. Something has to change, something has to give. It’s getting dark, too dark to see.

Hank Moody