Ele não consegue escrever mais uma vez,
veja só a novidade. Não quer apelar para a bebida, mesmo tendo aquela garrafa
escondida, não ao Page, não quer ouvi-lo cantar mais, talvez o Morrinson volte,
mas devia admitir que é fraco sem isso.
Não conseguia colocar nada, por não
pensar em nada, ao contrário do que acreditava até pouco tempo, simplesmente nada
por alguns momentos ali, mas só ali.
Todo o resto estava quente e se
preenchendo com aquilo.
Enquanto acelerava pesado para voltar
para casa, não sabia ao certo o quanto foi para ela ouvir tudo aquilo, quero
dizer, é incrível como ele fica idiota
quando fala, quando “abre o jogo”, soa como uma criança indefesa, ingênua, que
apenas fala sem pensar a verdade toda.
Não é culpa dela. Não ia admitir que ele
continuasse calado, se escondendo com aquela máscara idiota, eu estava pronto
para agir, mas ele acabou falando antes. Sorte dele.
Não mentiu. Não omitiu, foi sincero até
demais, talvez tenha assustado ela. Mas precisa fazer muito mais por ela, muito
mais, ouviu, garoto? E pare de escrever, tem alguém te esperando, vá, abra esse
coração!
Nenhum comentário:
Postar um comentário