Nem hoje,
Nem ontem,
Nem amanhã,
Nem tão cedo
Seja uma boa hora para escrever.
quinta-feira, novembro 13, 2014
quinta-feira, maio 01, 2014
Outro dia
Nunca aprendi a escrever um poema,
nem poesia, nem sei usar suas regras.
Não tenho paciência para rimar,
muito menos para métrica, apenas escrevo.
Escrevo o que me vier à cabeça e em especial ao coração.
Por que poesia, antes de tudo, deve falar de amor,
o mais puro e verdadeiro que você tiver.
Não importa o quão difícil seja, sempre,
sempre eu disse, escreva com o coração.
Sem ele nada somos,
sem amor nada somos.
Não mais que máquinas insensíveis e gananciosas e fodidas
E por amor eu escrevo.
Por amor, por paixão, por amizade
por cumplicidade e por tudo mais
Tudo que me faça estar ao lado dela.
É por ela que escrevo
E tão somente pra ela.
Lucas Sales Viana
nem poesia, nem sei usar suas regras.
Não tenho paciência para rimar,
muito menos para métrica, apenas escrevo.
Escrevo o que me vier à cabeça e em especial ao coração.
Por que poesia, antes de tudo, deve falar de amor,
o mais puro e verdadeiro que você tiver.
Não importa o quão difícil seja, sempre,
sempre eu disse, escreva com o coração.
Sem ele nada somos,
sem amor nada somos.
Não mais que máquinas insensíveis e gananciosas e fodidas
E por amor eu escrevo.
Por amor, por paixão, por amizade
por cumplicidade e por tudo mais
Tudo que me faça estar ao lado dela.
É por ela que escrevo
E tão somente pra ela.
Lucas Sales Viana
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Texto
segunda-feira, fevereiro 17, 2014
Crônicas Sem Título - 3
Ela dormiu.
Olhei para o lado e me apaixonei pela sétima vez naquela simples noite por ela.
A primeira enquanto ela me esperava no terminal de desembarque e me procurava com aqueles grandes olhos por entre
as janelas do ônibus. Teve também quando ela correu e quase me derrubou quando pulou pros
meus braços. A outra quando ela me disse sussurrando ao pé do ouvido um par de coisas bem interessantes
para um jovem rapaz há quinze dias longe da sua amada enquanto voltávamos de
táxi para a sua nova casa. A quarta quando ela me mostrou as fotos nossas espalhadas
no seu novo mural e todas as outras coisas que eu já havia lhe dado em todos os esses anos juntos. A de número cinco foi quando colocamos em teste outra vez as molas da sua cama. Aprovada! E a penúltima
quando ela me olhou bem fundo enquanto tomávamos banho. Aquele delicado rosto, olhos grandes, lábios carnudos e sardas suaves espalhadas, com seus lindos cabelos emoldurando-o é algo que eu
ainda tenho dificuldades para descrever. Em uma palavra: Mágico.
Saímos do
banho, não esperou eu terminar de me enxugar e roubou a minha toalha para enrolar o seu cabelo, enxugou-se com a dela, deu um sorriso malando seguido de um bocejo imprevisto e foi pra cama.
Vem, amor, ela disse cansada e feliz. Que opção eu teria? Ela perguntou
se eu queria algo para comer. Não, princesa, não precisa. Vamos dormir mesmo. Mesmo
dormindo quase todo o trecho, parecia que eu não dormira nada. Sentou-se na cabeceira da cama e se pôs no seu ritual noturno, passar hidratante por todo o corpo. Ela sabia o quanto aquilo me excitava. As molas da cama também já sabiam. Namoramos outra vez.
Terminamos. Ela colocou a cabeça
sobre o meu peito. Comecei a fazer cafuné. Vou dormir fácil desse jeito, ela
disse. Eu sei, amor. Conversamos sobre as nossas semanas e o quanto estávamos atarefados.
Para mim nada disso importava, todo sacrifício era compensado por aquele instante.
Ela cochilou. Amor, tá aí? Oi, ela se virou pra mim. Desculpa, cochilei. Sem problemas,
vamos dormir? Sim. Me deu o beijo de boa noite e foi para o lado dela da cama. Sorriu
uma última vez e disse que me amava. Também te amo. Fechou os olhos.
E ela dormiu.
Lucas Sales Viana
quarta-feira, fevereiro 12, 2014
Crônicas sem título - 2
Cheguei, eu
disse. Dez horas de viagem depois eu olhava para ela através da janela. Seus
olhos de jabuticaba corriam pelo ônibus tentando em vão encontrar os meus. Era noite e
fazia frio naquela pequena rodoviária de formato semicircular. Cansado da
viagem, mas com um sorriso escondido no bolso, atravessei o corredor do ônibus até
a porta, desci as escadas procurando por aqueles lindos cabelos negros. Lá
estava com um sorriso enorme, braços cruzados e pés inquietos. Correu até mim,
pulou e se agarrou.
Cheguei,
princesa. Bom dia, amor, ela brincou. Bom dia, paixão, completei sorrindo.
Vamos pra casa? Me deu um beijo com todo o seu amor e ali ficamos. Por alguns
segundos o mundo parou naquilo, naquele jovem casal apaixonado e sonhador. Me
soltou e nós fomos até o ponto de táxi. Entramos e ela deu o endereço. Cinco minutos depois e Dez Dilma$ a menos chegamos ao novo apartamento dela.
Amor, não repara na bagunça, ainda não deu tempo de arrumar tudo. Princesa,
como tá o nosso quarto? Tá arrumadinho. Vamos bagunçar então. Ela riu.
Entramos. Não estava nada bagunçado. Somente as louças, poucas, sujas. Joguei a
mochila no chão. Quer água, ela perguntou. Quero você primeiro. Ela riu. Tentou
chegar à cozinha, agarrei-a antes e com um beijo desmontei-a. Ela se rendeu ao
meus braços. Fomos para o quarto.
Lucas Sales Viana
terça-feira, fevereiro 11, 2014
Crônicas sem título - 1
Ela mexeu na
minha testa. Que susto, eu disse. Eu não consigo mais dormir, posso me deitar com
você? Claro. Entrou nas cobertas e se agarrou forte ao meu corpo. Eu não estava
acostumado com aquilo. Por razões que pouco importam dormíamos em
camas separadas e em quartos separados àquele final de semana. Eu acordei para
fazer xixi e quando voltei pra cama não consegui mais pegar no sono. O que
houve? Perdi o sono... A de 480 é melhor, amor, ela recomeçou. Quando eles vierem terão um
quarto, ela é mais iluminada e ventilada. Mas você adorou a de 400, princesa.
Eu tenho que pensar neles também, não
posso ser tão egoísta. Eu sei, paixão. Não tem problema, seja lá qual você
escolher, eu vou lhe apoiar e lhe ajudar em tudo, é pra isso que eu estou aqui.
Qual você gostou mais? ela perguntou se ajeitando sob a pequena coberta. A de 400, mas se você escolher a outra, ou até a de 550,
eu também vou gostar, pouco me importa onde você ficará, eu virei do mesmo
jeito e sempre.
Cheirou-me a barba e disse que me amava. Ficamos ali deitados e em silêncio por alguns
minutos naquela pequena cama de solteiro jogada ao chão. Eu de olhos fechados e
com a cabeça a mil, ela talvez olhando naquele escuro para o que poderia ser a
minha orelha, ou talvez ela estivesse igual a mim, tentando decidir qual
caminho escolher. Não consegui mais dormir, mas também não abria os olhos, nem
falava nada, apenas senti aquele momento e toda aquela insegurança. Vai dar
tudo certo, você vai ver, eu te prometo isso, garanti. Virei e encaixei meu
corpo ao dela. Ficamos naquela posição e até dormiríamos... Vou pro meu quarto,
é melhor, né? Tudo bem, eu disse. E lá se foi ela levando nosso calor juntos.
Lucas Sales Viana
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