... O fim, eu vejo o fim, eu vejo como isso vai acabar. Não, não é nada bonito, o fim de tudo nunca é bonito, se fosse, não seria chamado de fim. Tem algo de estranho aqui, eu, o Plant cantando pela sua musa, o copo quase vazio... droga, nada de pessimismos... ah, foda-se, o copo quase vazio, pior, a garrafa já está vazia.
Nunca comece uma estória pelo começo, seja confuso, passe toda essa confusão para o seu texto, as pessoas não são estruturadas. Ou esconda essa sua confusão, se esconda de você, é um dos exercícios mais perigosos, na primeira falha de percurso... Pronto, temos mais um homicídio.
Seja feliz, feliz igual aquelas pessoas que mutilam seus rostos e corpos numa clínica de um açougueiro vestido todo de branco com um sorriso falso e uma mão dentro da sua carteira.
Seja triste, triste igual aos bêbados sentados em uma mesa qualquer de um bar de esquina velho e sujo e com baratas e cerveja quente e cachaça barata.
Sabe o que é pior, o pior é tentar ser você, tentar ser verdadeiro com você e com as pessoas que você ama. Atrás da máscara, nunca saia dela, nunca deixe que os outros saibam como é você, saibam o que você é enquanto toma um banho, ou ouve uma música, ou come uma torta de chocolate, ou chora. NUNCA chore, não mostre humanidade, não somos mais humanos.
Você nunca irá saber o que os outros pensam sobre você, desista, você não vai. Pergunte, elas irão mentir. Mentir todos conseguem, fazer os outros acreditarem na mentira é a diferença, ou você nasce com esse “dom” ou você treina muito e bem.
Eu preciso de um banho e de algumas boas horas de sono, amanhã será mais um dia cinza num ano nublado.
PS: Preciso de outra garrafa cheia.
Lucas Sales Viana
Lucas Sales Viana
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