segunda-feira, fevereiro 21, 2011

O cheiro da chuva caindo é liberta dor (libertador).

Eu sinto o arrepio, aquele mesmo. Os olhares, os sorrisos falsos, as lacunas de falas que existiam. E, merda, o silêncio enlouquece um homem, sabia? É no silêncio que todos os demônios gritam ao seu ouvido, persuadem você com as ideias mais estúpidas e nonsense e... Nossa, faz sentido, é vocês estão certo, é isso que está acontecendo.

Droga, sabe o que está acontecendo, o nada, é isso que está acontecendo. Só o silêncio das notas musicais de um rock triste e solitário com o chirriar de algum grilo escondido em alguma esquina do quarto e o som das teclas da máquina.

Daí, quando o nada acontece, você tem escolhas, nem tudo é finito. Levanta a bunda da cadeira, joga a garrafa vazia no lixo, lava a cara no banheiro e deita na cama, acorda no dia seguinte e segue a vida, caminhando do mesmo jeito capenga de sempre, de cabeça baixa, olhar triste e choroso até o dia em que uma estrela cadente passar e com ela trazer alguma merda junto.

Fica aí sentado, bebe mais um pouco, escuta mais uma música velha e boa, fecha o corpo e a mente e a alma. Levanta, toma um banho, coloca roupas limpas, arruma a mochila com algumas camisas e uma calça jeans, pega o dinheiro escondido na gaveta, abre a porta e sai. Esse é você.


Lucas Sales Viana

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