domingo, novembro 28, 2010

Eu queria lhe agradecer pelo nada, querida.

E estou só, eu estou aqui, na minha solidão, ouvindo coisas que não costumava ouvir, fazendo merdas e mais merdas. Sempre soubeste que fiz tudo por ti e, mesmo depois de tudo, quando já não se podia fazer mais nada, eu lutei por nós.
Nossa, foste a minha inspiração... Talvez, ainda sejas minha inspiração. És-me uma lembrança... Uma boa, uma ruim, eu ficaria com as duas. Não sabes, mas quando [estou] acordado não me lembro daquele dia, mas à noite, enquanto durmo, ele vem. Ver-me embaçado no reflexo daquele espelho, ver-te partindo, saindo dos meus braços, sabendo que aquilo seria o fim de tudo...
Já sabes o que fazer. Eu devo ir, tu deves ir, caminhos opostos e sem olhar pra trás, não te conseguiria ver partir mais uma vez. Não queiras alguém só como um troféu, onde o colocas numa estante e esquece e quando vai lembrar é com saudosismo ou só para tirar a poeira e a teias de aranha. Nunca terás tudo, não és um Deus. Não te preocupes, terás outros idiotas, mas não eu, não mais.
Vá! Vivas a tua vida, eu não quero mais te ver, eu não posso. A felicidade já não me és tu.


Lucas Sales Viana

Um comentário:

  1. uau, as 4 primeiras linhas do final me deixaram d boca aberta =O como é bom saber lidar com as palavras, a gente acaba descobrindo muito mais de si, do que somente pensar. E eu digo isso pq ja tive tbm minha epoca [ longa epoca ] de escrever tbm ;D CURTII kkkk

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