Eram umas dez da manhã, ele acordou com o barulho irritante do pássaro do vizinho idiota. O brilho do sol invadia o quarto pela grande janela e lhe irritava os olhos. Acordou só de cueca boxer cinza, baba escorrendo pelo canto da boca, remela nos olhos e um bafo agradabilíssimo. Que fome! Foi até a cozinha, abriu a geladeira e pegou alguns ingredientes para fazer sanduíches, fez dois. Pegou uma garrafa grande e branca com água, também. Comeu enquanto assistia a programação idiota que passava na televisão, terminou, guardou o prato na cozinha. Foi ao banheiro, fez mira e mijou, lavou o rosto, escovou os dentes e jogou água no cabelo. Lembrou-se das plantas secas pelo sol terrível que fazia. Ah, depois eu aguo. Voltou ao quarto, ligou a tela do monitor, abriu um dos vídeos do seriado favorito e ficou lá, pelo resto da manhã até o início da tarde.
“Hank, You’re running away” - Disse a loira deusa àquele escritor bêbado e idiota e fodedor e que amava aquela e que no final sempre estragava tudo com aquela que ele tanto amava e dizia amar. Esse é um completo fudido. Droga, eu sou um completo fudido. Estou cansado, de verdade, toda vez é a mesma estória; eu vou, acredito que pode dar certo e no final acabo me fodendo, e o pior é que só percebo que fiz merda no dia seguinte, nunca na hora... Na hora, no calor das ações, não tem nada de errado, está tudo indo muito bem. Aí vem a noite, e com ela, o frio, e com ele, as dores... Merda, eu preciso parar com isso, preciso parar de praticar esporte, tenho que me dedicar a essas coisas mais mortas, mais sedentárias que a vida oferece. Dizia ele com um saco de gelo enrolado por uma bandagem ao redor do joelho direito inchado, sem contar as outras partes machucadas.
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